Minha casa, minha vida

Vamos viajar comigo? Esta é a cidade que escolhemos - marido e eu, para vivermos a nossa aposentadoria.

Chama-se Lagoa da Prata e o seu nome tem origem nesta lagoa, cujas águas têm a cor de prata.

Minha casinha será bem no alto daquele morro, com esta vista da janela.

Este é o casarão da fazenda, que deu origem à cidade. Marido já morou aí (é bisneto do fundador da cidade).

E o Rio São Francisco passa bem perto, pequenino assim.

Eu já morei aqui. Tinha 18 anos, muitos quilos a menos, e a ousadia que somente os jovens sabem ter.  Fui trabalhar nesta cidade (o ano era 1972) e foi um grande desafio uma vez que estava distante 600 km da minha família, as estradas eram péssimas (ainda são), não tinha DDD e para falar com os meus pais era preciso ir a um posto telefônico e esperar horas para que uma telefonista completasse a ligação.

As mulheres da cidade eram donas de casa ou professoras. Poucas trabalhavam em bancos. E eu, sozinha, dirigindo um jeep, fazia um trabalho social com as comunidades rurais.

Desta época guardo uma certeza: nada é impossível. Somos capazes de vencer desafios e encarar obstáculos. E se este é o problema ou a alegria que temos para o dia só nos resta ir, de peito aberto, viver plenamente o que a vida nos dá.