Vai ser feliz assim lá na Califórnia

Não sou guia de turismo e este blog não tem a pretensão de indicar roteiros de passeios e viagens. Porém, aqui é o meu diário e conto o que encontrei por aí. Mesmo com muito atraso porque o fim do ano foi complicado e só agora encontrei um tempinho para registrar os bons momentos da minha viagem de férias. Fico feliz quando posso ser útil para alguém e se você quiser fazer uma viagem linda e com coisas para descobrir a cada volta da estrada, este é o caminho.

Tudo começou quando fomos renovar o nosso visto para os EUA e, enquanto aguardávamos o nosso voo da volta, comprei uma revista de viagem que trazia como manchete a frase “Vai ser feliz assim lá na Califórnia”. Topei na hora e, com visto na mão, alguns trocados no bolso eu embarquei 20 dias depois. E um viva para a CVC que tem parcelas que cabem no bolso e principalmente para quem, como eu, entende que não é preciso comprar roupas novas e fazer gastos enormes para sair por aí.

Destino inicial: San Francisco. Destino final: San Diego, onde encontraria pessoas lindas que enchem o meu coração de saudade.

Roupa confortável para longas horas de viagem, e ao entrar no avião, o primeiro susto: meu cabelo ficou todo “elétrico” (não sei se por causa do ar condicionado) e devo ter parecido uma louca caminhando pelos corredores fazendo um estilo cientista maluco.

Já conhecíamos San Francisco mas como tínhamos na lembrança uma cidade incrível sabíamos que merecia um retorno. Como programação apenas uma reserva de hotel e no caminho o segundo susto: nas esquinas, atravessando a pista de pedestres com o sinal fechado, deitado em bancos de praças ou caminhando pela rua, víamos várias pessoas carregando mochilas, empurrando carrinhos de supermercado ou puxando malas de rodinhas onde traziam objetos pessoais. Comentei com marido que este era o primeiro “furo” porque o hotel não era bem localizado.

E aqui temos que dar uma parada e voltar no tempo para entender o que estávamos vendo.

San Francisco foi o berço de uma série de movimentos sociais e culturais. Lá nasceu o movimento hippie. Paz e amor! Quem nunca ouviu falar no famoso lema que influenciou a juventude mundial na década de 1960? Os jovens da época protestavam contra a guerra e idealizavam novas formas de viver. 

Queriam ter liberdade, rejeitavam as convenções sociais e lutavam pelos direitos dos homossexuais e outras minorias. Buscavam um modo alternativo de viver e tudo isto temperado com muita música e umas pitadas de droga.

Erraram a dose. Exageraram no uso de entorpecentes e é comum ver jovens segurando cartazes onde se lê: “I need money to buy cannabis”.

Na esteira da recessão americana que trouxe um índice de desemprego muito alto com certeza encontramos outra razão para o aumento do número de sem tetos. São milhares e estão por toda a cidade. Um fato que chama a atenção é que muitos possuem belos cães, bem cuidados. Acho que servem de companhia e proteção. Na porta do nosso hotel tinha este cantinho para os cachorros.

E o hotel era muito bem localizado. Ficava próximo à Union Square, que é uma praça e também é a região onde ela está localizada. O local é o endereço de muitas lojas de luxo, grandes lojas de departamento, hotéis, teatros e galerias de arte. No dia que viemos embora iniciavam as atividades da pista de patinação no gelo.

E depois conto o que fizemos por lá. E o que faltou porque é sempre bom rever San Francisco. E como muitos já fizeram, eu também cantei a música I left my heart in San Francisco!

PS.: ainda não desarrumei as malas e já estou planejando as próximas férias. Se tudo der certo vai ser em Portugal. À partir de Lisboa, serão 15 dias de carro pela terra abençoada. Como tenho muitas visitas de além mar ficarei feliz se receber dicas de passeio, local de hospedagem e programação. Do que eu gosto? Cidades pequenas, festas na aldeia, lojas de fios e linhas, conhecer artesanato local, degustar pratos típicos. Pode mandar as informações para beatrizbernardes@gmail.com

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