Gabriel abriu, de par em par, as portas do firmamento. O
silêncio, que até então musicava os prelúdios do nascimento, cedeu lugar às
falanges de anjos e arcanjos que invadiram de glórias, cítaras e clarins a
paisagem inteira. Santos e profetas, querubins e serafins se debruçavam nas
constelações.
O choro do menino explodiu em tamanha liberdade que ainda se
ouve o seu eco.
Reis que ao longe do presepe dormiam, souberam, por sonho e
estrela-guia, do alumbramento. Pesados em ouro, incenso, mirra, benjoim,
Gaspar, Baltazar e Belchior seguiram para adorações.
Bartolomeu Campos Queirós
Um bom e feliz natal para
todos. Muita paz e amor. E nós voltamos em 2016.