sábado, 31 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Bom dia
Tenho escutado o meu pai a me dizer: “menina destrambelhada,
cria juízo!!! Anda com a língua solta e falando sem parar... agradeça às
mensagens de apoio, mas não é certo repartir a sua carga com outros. Honra o significado
do seu nome – aquela que faz os outros felizes e distribua mais alegrias e
luz pelos caminhos. Coisa mais feia ficar chorando em público... Lugar
bom de chorar é o travesseiro, que é quente e macio”.
Eu vi aqui
quarta-feira, 28 de março de 2012
Vida no interior
Há muitos anos moro em uma cidade grande. E quando venho
para o interior percebo que, em tempos de globalização, a maior diferença que encontro é a campainha da porta.
Lá, os muros, o porteiro eletrônico ou o
porteiro de carne e osso não permite que alguém aperte a campainha da minha
porta. Quando chamam, é sempre pelo interfone. Reconheço a voz, vejo a imagem.
A campainha traz uma surpresa, sempre. Quem a toca? Pode ser
o entregador de gás ou água, o garoto que vende jornal, alguém pedindo esmola,
a cuidadora do dia.
Minha mãe mora nesta rua há mais de 50 anos. A rua tem
somente um quarteirão. Cresci aqui e apesar de algumas casas terem se
transformados em prédios é neste pedaço de chão que tem as suas raízes e
conhece todos.
E como toca a campainha desta casa... A antiga colega de
trabalho, com idade para ser sua filha e como tal se considera, traz os
primeiros agrados do dia. Mostra o que trouxe, senta-se à mesa e juntas
repartem uma refeição.
Assim que parte, é a vez da eucaristia. Alma caridosa, de
casa em casa levando a palavra e o consolo de Cristo para os enfermos.
Acompanho-a até à porta e encontro o motorista da amiga, carregando uma braçada de taioba. Verdura sem vergonha, que se esparramava à beira dos córregos, hoje é rara e desejada.
O cheiro de um doce de figo sendo feito, penetra pela janela. O calor é grande e imagino que tenho um tacho de cobre a borbulhar ao meu lado.
O cheiro de um doce de figo sendo feito, penetra pela janela. O calor é grande e imagino que tenho um tacho de cobre a borbulhar ao meu lado.
A campainha traz uma visita. Irmã do meu pai, 89 anos de pura energia e vigor. Almoça conosco e traz notícias da família. Nos últimos 19 dias esteve em Campos, Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Vitória e agora chega em Muriaé. Sempre viajando sozinha. E, enquanto conversa, as mãos se movem em pontos altos e baixos e vejo surgir mais um sapatinho de bebê.
À porta encontro o rapaz dos correios. Elegante como um Obama, ao invés de cartas a sua encomenda é um pote que de longe parece besouros. Fico rindo da minha vista cansada quando percebo que trata-se de um pote com ameixas em calda. Companheiras do manjar branco, presente da amiga. Junto também uma penca de coco da Bahia para que ela tenha água fresquinha todos os dias.
À porta encontro o rapaz dos correios. Elegante como um Obama, ao invés de cartas a sua encomenda é um pote que de longe parece besouros. Fico rindo da minha vista cansada quando percebo que trata-se de um pote com ameixas em calda. Companheiras do manjar branco, presente da amiga. Junto também uma penca de coco da Bahia para que ela tenha água fresquinha todos os dias.
É a hora do terço. Uma vez por semana as amigas chegam, cada
qual trazendo o melhor de si. Uma, o conhecimento profundo dos assuntos bíblicos.
Outra, a devoção sem limite. Todas procuram na oração a paz para os seus corações.
Tem sempre um agradinho para o estômago: o bolo repartido generosamente, o
biscoitinho feito com
carinho. E muitos, muitos abraços e apertos de mão, gestos de
fraternidade.
Uma voz, por cima do muro, pergunta se minha mãe está bem..
Ouço a campainha: é a fisioterapeuta para as atividades físicas.
A campainha toca novamente: é a cuidadora da tarde. Sempre
com um sorriso e cantando, apesar dos inúmeros problemas familiares.
Toca outra vez: é a filha que traz as compras necessárias da despensa, uma
pequena pausa para comentar os acontecimentos do dia e saber se precisamos de
alguma coisa. Lambisca o lanche da tarde e sai para resolver as pendências - contas para pagar, providenciar um pintor para pequenas reformas na casa, levar documentos para o advogado. Planejar o almoço de aniversário da próxima semana.
A campainha anuncia a chegada da cuidadora noturna. Fã de Luan Santana, conta histórias do seu ídolo e sabe exatamente onde faz o show hoje, qual recado que postou nas redes sociais. Mostra as fotos da visita que fez com os amigos ao asilo da cidade para comemorar o aniversário do cantor. As fotos serão enviadas para ele.
Final do dia. Hora da novela e as notícias do telejornal. Luzes
apagadas, a cama cheirosa nos espera. O toque da campainha nos assusta: é a
vizinha, orgulhosa com o pote de doce de figo na mão e o último agrado do dia.
O que nos resta fazer? Agradecer a Deus por estas alegrias. Nem
precisei procurá-las para oferecer à minha rainha. Todas chegaram ao som de uma
campainha.
Eu vi aqui
terça-feira, 27 de março de 2012
Tempo de cuidados
Mais uma temporada na casa da minha mãe.
Assim como fazem a guarda real da Inglaterra, periodicamente
vou revezando com as minhas irmãs na tarefa de proteger a rainha.
Isto tem sido feito desde que o seu estado de saúde passou a
inspirar maiores cuidados e, se tivesse eu o dom da escrita, estaria
descrevendo estes momentos.
Procuro saboreá-los como momentos únicos. Vou somando as
minhas conquistas, enxugo as lágrimas e aprendo a viver. No grito e no sufoco.
Aprendi que não vale a pena brigar por futilidades. Aprendi a
valorizar sentimentos, apoios recebidos, gestos de fraternidade.
Aprendi a viver e a morrer.
Procuro dar o que tenho de melhor, mas agora eu sei que
algumas perdas são inevitáveis. Apesar de tudo procuro sempre estar bem. Mas o
meu olhar traz a tristeza destes dias
e o meu coração sofre.
São dias corridos, tentando dividi-lo em pedacinhos para
atender a todas as necessidades. É o meu trabalho que não pode parar (as contas
continuam a chegar e eu agradeço diariamente as facilidades que a internet proporciona), marido, casa e a atenção que ela necessita. São raros os
momentos de lazer e descanso. Nem sempre posso visitar vocês. Nem sempre é possível
dar as boas vindas às pessoas que aqui chegam.
E a cada novo dia tenho sempre a mesma missão: encontrar a
alegria e traze-la para junto de nós.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Minha casa, minha vida
Quando vi esta imagem fiquei pensando que os bancos da minha mesa de jantar merecem umas almofadas. E o piso da sala também é clarinho assim.
Eu vi aqui
Eu vi aqui
domingo, 25 de março de 2012
sábado, 24 de março de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
Lembranças
Uma saudade
linda. Lembranças que o tempo nos deixou e que ocupam o nosso coração. Chegam
até mim e preenchem o meu dia.
Eu vi aqui
Eu vi aqui
segunda-feira, 19 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Para fazer bem rápido
Pedacinhos de papel e tecido. Fitas. Uma máquina de costura e mesmo com duas mãos esquerdas a gente consegue fazer as etiquetas para personalizar os presentes.
Eu vi aqui
Eu vi aqui
sábado, 17 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Aula de bordado
E depois de treinar bastante, você começa a escolher as coisas lindinhas que quer fazer na sua aula de bordado.
Eu vi aqui
Eu vi aqui
quarta-feira, 14 de março de 2012
Aula de bordado
Pano de amostra – é um pequeno pedaço de tecido onde a aluna
que está iniciando na arte do bordado vai fazer – como o nome diz – a amostra
dos pontos que pretende usar em seu trabalho. É o espaço para treinar, repetir,
consertar.
Ah! se na vida a gente pudesse fazer assim também...
Ah! se na vida a gente pudesse fazer assim também...
"O bordado é a linha que conecta as mulheres em todos os séculos
da nossa história".
Lee Albrecht
Designer de bordado
Eu vi aqui
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